Impactos e Tendências da COVID-19 nos Pequenos Negócios: Saúde

O Sebrae tem publicado um boletim que traz os principais impactos da COVID-19 nos pequenos negócios, principalmente em 14 segmentos identificados como os mais vulneráveis à crise. Na quinta edição, coletou dados de 6.500 empresários em todo o Brasil entre 25 e 30 de junho.

O estudo aponta que o pior da crise econômica parece ter ficado para trás. Na média, os pequenos negócios estão operando com um faturamento 40% menor do que no período pré-crise.

Nesta matéria, apresentamos as informações da pesquisa do Sebrae que se referem ao setor de SAÚDE, que contou com respostas de 213 empresários:

Operação e Funcionamento

Desde abril, vem aumentando o número de empresas que estão reabrindo as portas. Enquanto que, na pesquisa de abril, só 45% das empresas do segmento de saúde estavam operando, quase quatro meses depois, 82% já estavam de portas reabertas. Esse dado parece ressaltar que, pelo menos na esfera econômica, o pior da crise parece já ter ficado para trás.

Impacto nas Vendas

No segmento de saúde, 82% dos empresários registraram queda no faturamento mensal, mesmo nível da pesquisa anterior.

Apesar de apenas 5% dos entrevistados declararem que seu faturamento mensal aumentou no período, no geral, o segmento apresentou uma leve melhora em comparação ao início de junho. Tem havido uma retomada gradual das vendas, ainda em patamares significantemente inferiores ao pré-crise (-46%).

Inserção no Digital

Ainda sobre adaptação do negócio e vendas, a crise acabou causando uma transformação digital acelerada dos pequenos negócios. Nesse sentido, 67% dos empresários de saúde estão vendendo produtos ou serviços de maneira digital. Desses, o Whatsapp é o aplicativo mais usado (85%), seguido pelo Instagram (55%), Facebook (53%) e site próprio (25%).

Protocolos de Retomada

Para uma retomada responsável, segura e consistente, a implementação de protocolos de segurança por parte das empresas é essencial. Nesse sentido, apenas 7% dos empresários do ramo não conhecem os protocolos estabelecidos pelo poder público; outros 4% têm dificuldade em implementar.

Crédito

Com relação à situação financeira das empresas do segmento, 33% estavam com dívidas ou empréstimos em atraso. Do total do setor, 44% das empresas procuraram empréstimo, mas apenas 19% dessas efetivamente conseguiram crédito. No total, apenas 8% de todas as empresas do setor conseguiram empréstimo até o momento.

Dicas e Boas Práticas

• Farmácias devem garantir o suprimento de medicamentos específicos mais procurados e materiais de proteção individual necessários e devem colaborar para a educação em saúde e gerenciamento colaborativo com hospitais e unidades de saúde.
• Serviços de Saúde não emergenciais devem se adequar a tendências como telemedicina e atendimentos remotos que, em grande medida, já eram uma tendência e vieram para ficar.
• Além disso, é um momento em que se deve organizar os controles financeiros: custos fixos e variáveis, adaptando à redução temporária da demanda. Os itens a seguir são exemplos do que pode ser reduzido: plano de internet, plano de telefone, consumo de energia elétrica, consumo de água, consumo de insumos para os atendimentos que porventura ocorram.
• Já para as atividades econômicas voltadas a bem-estar, a saída é tentar se reinventar para passar pela crise com menos impactos. Além disso, quando for possível o atendimento remoto, invista nessa tendência que deve perdurar até mesmo depois da crise.
• Academias de ginástica estão personalizando as gravações de treinos e algumas viram como solução o aluguel de equipamentos para garantir fluxo de caixa.
• Algumas clínicas odontológicas estão se adaptando para atender nas próprias residências e tomando todos os cuidados para os atendimentos nos consultórios.
• Já os nutricionistas estão produzindo conteúdos para atrair clientes na estratégia de marketing de conteúdo e também realizando atendimento remoto.
• Os atendimentos por videoconferências e plataformas digitais vêm sendo a saída encontrada pelos profissionais de psicologia para enfrentar a crise.
• Vejam mais exemplos de boas práticas ao final do estudo disponível no link a seguir: https://datasebrae.com.br/wp-content/uploads/2020/04/boletim_MPE_13-04-2020-v5.pdf.

Fonte: Sebrae.

Adaptado por: PLUS Contábil.

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