A abertura de uma empresa é, normalmente, a realização de um sonho e envolve muito trabalho. O empreendedor precisa se preocupar com inúmeros processos e tomar muitas decisões relativas a: formalização, capital inicial, tipo de empresa, ponto físico, aquisição de equipamentos, contratação de pessoal, dentre muitas outras. Um ponto que merece atenção mais que especial é o capital de giro, que vamos esclarecer agora.
Em primeiro lugar, o capital de giro é fundamental para a saúde financeira de um negócio e não deve, portanto, ser negligenciado. Apesar do nome não muito intuitivo, ele nada mais é do que o caixa (o dinheiro) que sua empresa precisa ter para manter o negócio funcionando (girando). Em outras palavras, ele é o dinheiro necessário para pagar todas as despesas de curto prazo até que novos recebimentos de vendas cheguem ao seu bolso.
Um verdadeiro braço direito da gestão, o capital de giro permite oferecer financiamento aos clientes (nas vendas a prazo), manter os estoques e pagar fornecedores (matéria-prima ou mercadorias de revenda), impostos, salários e demais custos e despesas operacionais.
Para calculá-lo, você precisa identificar (1) os recursos disponíveis em caixa e (2) todas as despesas e contas a pagar. Seu capital de giro será o primeiro menos o segundo. Quer um exemplo prático? Veja abaixo.
Suponhamos que sua empresa apresente a seguinte situação atual:
- Conta bancária: R$ 10.000,00
- Aplicações de curto prazo: R$ 2.500,00
- Estoque: R$ 20.000,00
- Fornecedores a pagar: R$ 5.000,00
- Salários a pagar: R$ 6.000,00
- Despesas do mês (água, luz, internet, aluguel): R$ 7.000,00
Seu capital de giro seria de R$ 14.500,00, ou seja, a soma dos 3 primeiros itens da lista menos os 3 últimos, conforme na conta abaixo.
(10.000,00 + 2.500,00 + 20.000,00) – (5.000,00 + 6.000,00 + 7.000,00) = 14.500,00
Na abertura da empresa, o capital de giro precisará ser planejado e estimado o mais precisamente possível. Para ajudá-lo, recorra a um profissional de finanças ou contador.
Lembre-se de que o capital de giro deve fazer parte do seu planejamento financeiro e é o que permitirá controlar as finanças. Saber quanto é necessário de renda para fechar as contas no final do mês e quanto sobra para investimentos é o que permitirá que você respire com alívio e tenha fôlego para fazer a empresa não apenas sobreviver, mas crescer de forma saudável.
Fonte: Omie, Contabilizei e Sebrae
Adaptado por: PLUS Contábil
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