Saúde e Bem-estar: os Novos Desafios do RH

Uma pesquisa recente apontou que seis em cada dez brasileiros estão sobrecarregados no trabalho. Ao mesmo tempo, 44% sofrem com insônia e 61% se queixam de exaustão. Outro levantamento mostrou que mais de 80% dos funcionários CLT estão endividados e 81% admitiram sofrer algum tipo de consequência na saúde por conta disso.

Existe forte relação entre a crise financeira com a saúde e o bem-estar, duas variáveis que impactam a população brasileira com repercussão no ambiente de trabalho. Pessoas estressadas têm dificuldades em administrar suas finanças e, ao mesmo tempo, as dificuldades financeiras tendem a piorar quando a pessoa sofre de depressão e ansiedade.

Nos últimos meses, a pandemia da covid-19 fez com que as pessoas levassem a preocupação com a saúde e o bem-estar ao topo da lista de prioridades. Tanto é verdade que, de acordo com pesquisa recente da McKinsey, o mercado global do bem-estar já movimenta US$ 1,5 trilhão, com crescimento entre 5% e 10% ao ano.

Em um cenário de incertezas, as pessoas têm encontrado nas empresas em que trabalham uma fonte de confiança e provedora de cuidado e bem-estar. Atentas aos anseios dos colaboradores e com foco na competitividade e sustentabilidade dos negócios, as organizações estão colocando o bem-estar do quadro de funcionários na estratégia de gestão de pessoas.

Assim, as lideranças exercem um papel relevante no processo de escuta dos colaboradores. Líderes que não se mostram sensíveis ao bem-estar dos colaboradores, em breve, não terão mais lugar no mundo corporativo.

No cenário atual, uma forte tendência em RH é a oferta de benefícios flexíveis, também conhecidos como espontâneos, que se adaptam às necessidades dos colaboradores e não são obrigatórios. Tais benefícios, que possuem um valor estratégico para as companhias, têm a ver com a vida e ela é flexível. Devem estar de acordo com as necessidades das pessoas, e essas necessidades não só variam de colaborador para colaborador, mas também não são as mesmas em diferentes momentos da vida de uma só pessoa.

A política dos benefícios flexíveis pode variar de empresa para empresa, sendo essa uma excelente maneira de satisfazer as equipes, atrair talentos e principalmente aumentar a produtividade do negócio. Dentre os benefícios espontâneos, podem estar vale-alimentação, vale-refeição, empréstimo, adiantamento salarial, assistência média e odontológica, cesta básica, bolsa de estudo, área de lazer e horário flexível, dentre outros.

Atualmente, as vantagens flexíveis que mais colaboram para a retenção de talentos são plano de saúde, previdência privada e bolsas de estudo, e o único desafio para os empreendimentos é disponibilizar pacotes de benefícios de valores iguais para todos os trabalhadores.

Muitas vezes, a oferta de benefícios é o que faz a diferença na escolha do local onde se deseja trabalhar. Além disso, é bom lembrar que a pandemia transformou os modelos de trabalho, o que obriga as empresas a criar demandas mais flexíveis para atender às necessidades dos colaboradores. A dica que fica é: inove nos benefícios para reter talentos e gerar bem-estar.

Fonte: Revista HSM

Adaptado por: PLUS Contábil

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