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Com o Aumento da Taxa Selic, Quais as Melhores Alternativas de Investimento?

Com o Aumento da Taxa Selic, Quais as Melhores Alternativas de Investimento?

20/08/2021

O Banco Central (BC), através do Comitê de Política Monetária (Copom), aumentou a Taxa Selic de 4,25% para 5,25% ao ano. O novo percentual passou a valer em 05/08/2021 e foi uma resposta às expectativas do mercado, que tem perspectiva de alta na inflação, piora no balanço de riscos e um quadro fiscal mais preocupante. Foi o quarto aumento seguido, mas o primeiro da magnitude de 1,00 ponto.

A autoridade monetária explicou, no comunicado oficial, que se viu obrigada a tomar uma atitude mais dura apesar da melhora recente nos indicadores de sustentabilidade da dívida pública:

“O Copom reitera que perseverar no processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para permitir a recuperação sustentável da economia. O Comitê ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia.”

O Copom também explicou que o ajuste promovido reflete a percepção do Comitê de que a piora recente em componentes inerciais dos índices de preços, em meio à reabertura do setor de serviços, poderia provocar uma deterioração adicional das expectativas de inflação.

“O Copom considera que, neste momento, a estratégia de ser mais tempestivo no ajuste da política monetária é a mais apropriada para garantir a ancoragem das expectativas de inflação.”

O BC também informou que, para a próxima reunião, antevê outro ajuste da mesma magnitude. Com um processo de alta da Selic que deve perdurar até 7%, conforme estimam especialistas, os investidores devem voltar seus olhares para a classe da renda fixa, que ganhará atratividade no novo cenário, embora ainda pressionada pelo nível elevado da inflação.

A projeção do mercado financeiro para a inflação de 2021 é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegue a 6,79%, de acordo com o mais recente relatório Focus, do Banco Central. Isso faz com que investidores se mantenham dispostos a correr risco em Bolsa, apesar dos juros mais altos. Taxas no patamar de 5% ainda não parecem ser um fator decisivo para levar a uma mudança brusca na alocação em renda variável, embora os cuidados na seleção de ativos estejam cada vez mais reforçados.

Em meio à alta de 3,8% no ano do Ibovespa, o investimento em ações segue no radar dos investidores. Há predominância do mercado acionário nos portfólios, conforme levantamento feito pela XP junto a 34 gestores de estratégia, que apontou que 87% dos consultados apresentam posicionamento a favor do mercado de ações.

 

Fonte: Contadores.cnt.br

Adaptado por: PLUS Contábil

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