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Quem Sairá Perdendo com o PIX?

Quem Sairá Perdendo com o PIX?

16/10/2020

O PIX chega ao mercado para permitir que façamos transferências bancárias a qualquer hora do dia e da semana sem o pagamento de taxas. É uma solução do Banco Central que beneficiará ambas pessoas físicas e jurídicas. Fica então a pergunta: alguém sairá prejudicado com esta evolução em movimentação bancária?

Os potenciais perdedores nesta história são as empresas que lucram com as "maquininhas", como as adquirentes, bandeiras de cartões e processadoras. Caso o Pix seja amplamente adotado, estima-se uma perda entre R$ 9 e 13 bilhões em receitas para essas empresas. As margens do setor serão pressionadas, mas a modalidade de crédito tende a ser pouco afetada, ao menos inicialmente. Hoje, as transações pelo Pix são instantâneas, mas já há previsão de um Pix agendado.

As instituições financeiras estão livres para ofertar ou não a nova modalidade de transação. Vale ressaltar que, caso o saldo na conta do usuário seja insuficiente na data do pagamento, a operação será cancelada. O Pix não é garantia de pagamento.

Os pagamentos instantâneos chegam num contexto de profundas mudanças no mercado financeiro mundial. Para citar algumas novidades que têm afetado a rentabilidade dos bancos, lembremo-nos aqui das criptomoedas, das carteiras digitais e dos money transfer operators. Desta forma, em apenas cinco anos, o Pix pode abocanhar 11% do mercado de meios de pagamentos eletrônicos, uma fatia bem mais modesta do que acontece na China ou na Índia. Nesses países, o sucesso se deveu ao fato de que a população já estava habituada aos pagamentos pelo celular. Nos EUA, este mercado foi aberto pelo setor privado. No Brasil, como se trata de uma iniciativa pública, a adesão ao método deve ser expressiva.

 

Fonte: G1

Adaptado por: PLUS Contábil