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Pix, Como o Novo Meio de Pagamento Afeta Consumidores e Empresas

Pix, Como o Novo Meio de Pagamento Afeta Consumidores e Empresas

09/10/2020

Pix é um novo meio de pagamento eletrônico instantâneo desenvolvido pelo Banco Central, que será lançado em 16 de novembro, e permitirá a realização de transferências bancárias a qualquer hora do dia, em qualquer dia da semana, sem pagamento de taxas, diferentemente do que acontece quando usamos as soluções de TED ou DOC.

Além de isentar as transferências, o Pix tem vocação para substituir os boletos bancários e pode mudar a experiência de consumo no débito e em dinheiro em espécie. Entenda, a seguir, como o serviço pode afetar consumidores e empresas.

 

Consumidores

Além da isenção de taxas em transferências, uma das principais mudanças potenciais para os consumidores será a experiência de compra no boleto, no débito e em dinheiro, pois o Pix pode substituir essas três modalidades. No caso do boleto, o pagamento passa a ser feito pelo aplicativo do banco ou de uma carteira eletrônica; por exemplo: quando o cliente fizer uma compra pela internet, para efetuar o pagamento ele só precisará abrir o app e ler o QR code do Pix – a transação será processada instantaneamente.

As compras em dinheiro ou débito seguem a mesma lógica. O lojista poderá gerar o QR code ou imprimi-lo e deixá-lo no balcão, como já acontece hoje em estabelecimentos que aceitam pagamentos instantâneos de carteiras digitais como PicPay ou Mercado Pago.

Para que uma pessoa física use o serviço, ela só precisa ter uma conta corrente, conta poupança ou uma carteira digital, com cadastro no Pix. Esse cadastro é feito na instituição gestora da conta. O cliente tem a possibilidade de cadastrar uma "chave Pix" para facilitar as transações — uma espécie de "apelido" que será usado para identificá-lo, como CPF, e-mail e telefone. Com ela, não será preciso mais digitar os dados bancários do destinatário de uma transferência, por exemplo. É só colocar a chave Pix e a transação será efetuada.

A pessoa física pode ter "chaves Pix" em mais de uma instituição bancária, mas só pode ter uma modalidade por instituição. Se você cadastrou seu CPF em um determinado banco, por exemplo, ele só pode ser usado como chave Pix naquele banco.

 

Empresas

A maior vantagem do Pix é para os recebedores. Apesar de a modalidade não ser gratuita para pessoa jurídica, os custos serão muito menores do que os atuais.

A cada venda feita no débito, um estabelecimento é cobrado por um percentual da transação, a "merchant discount rate" (MDR), composta por três tarifas: a de intercâmbio, que fica com o banco, a de bandeira, que vai para a bandeira do cartão, como Visa, MasterCard e American Express, e uma terceira, retida pela própria empresa que emite a maquininha.

Em um segundo momento, os médias e grandes varejistas terão um grande incentivo para desenvolver a modalidade, já que muitos deles atuam como financeiras, como o Magazine Luiza, que oferece atualmente a conta digital Magalu Pay.

 

Fonte: G1

Adaptado por: PLUS Contábil

Photo by Markus Winkler on Unsplash